Hermafrodita na mitologia grega: origens, imagens, poderes e símbolos
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Um desenho em relevo de Hermafrodita e Eros coroando uma herma do artista veneziano Antonio Maria Zanetti (c. 1721)
Nascido das divindades gregas Afrodite e Hermes, Hermafrodita era um antigo deus grego com muitas características bonitas. O nome de Hermafrodite é uma combinação dos nomes de seus dois pais - Hermes e Afrodite. Tanto os antigos gregos quanto os romanos associavam-no principalmente à sexualidade e ao casamento. Ele também era membro do Eros, um grupo de divindades gregas aladas associadas à sexualidade e ao amor.
Fatos rápidos sobre hermafrodita
Deus do: Sexualidade, casamento, hermafroditas, feminino
Pais: Afrodite e Hermes
Os irmãos e irmãs: Eros, Fobos, Pan, Tychea, Deimos, Harmonia
Consorte: Salmacis (Salmakis)
Residência: Monte Ida; Monte Olimpo
Associação: Atlas
símbolos: Thyrus, Kantharos
Outros nomes: Atlântidas (Atlâncio)
Culto e adoração: Chipre
Poderes: Semelhante aos possuídos por Eros na mitologia grega - a capacidade de influenciar os sentimentos amorosos das pessoas.
Origem e papel
Hermafrodita é de fato um deus grego antigo menor que também aparece no panteão romano. Além de ser a divindade da união sagrada e das belas associações, Hermafrodita era adorado pelos panteões grego e romano como o deus dos efeminados e dos hermafroditas.
Aparência e imagens hermafroditas
Como uma divindade bissexual, os antigos gregos e romanos frequentemente o representavam como uma mulher com genitália masculina. Graças a isso, ele também foi percebido como a divindade do casamento. Quem melhor para supervisionar o casamento do que uma divindade que é tanto homem quanto mulher?
Um hermafrodita personificava a união do homem e da mulher. Essa característica e papel dele podem ter vindo de seus pais. Assim, ele herdou todas as belas características de seus pais. Seu pai, Hermes, era o deus dos contratos e acordos comerciais. Sua mãe, Afrodite, era a deusa do amor, dos casamentos e do casamento. Portanto, não é surpresa que o mundo antigo associasse Hermafrodita a casamentos.
Segundo o mito, Hermafrodita às vezes se revelava aos homens em toda a sua glória. Outras vezes preferia não se mostrar porque algumas de suas feições eram horríveis.
Como membro do Eros – isto é. as divindades gregas aladas associadas à sexualidade – Hermafrodita é frequentemente descrito como um deus jovem alado com características femininas e masculinas.
Família
Os pais de Hermafrodite, Hermes e Afrodite, são divindades da sexualidade masculina e feminina, respectivamente. Ambos os pais também eram membros dos doze deuses do Olimpo que viviam no Monte Olimpo, lar dos deuses gregos.
Seu bisavô é o titã Atlas. Isso ocorre porque a mãe de seu pai, Maya, era filha de Atlas. Como resultado, Hermafrodita é às vezes chamado de Atlântida.
Segundo o poeta romano Ovídio (também conhecido como Publius Ovidius Nazo), Hermafrodite nasceu com traços sem dúvida muito bonitos, provavelmente herdados de seus pais Afrodite e Hermes.
Pouco depois de seu nascimento, Hermafrodita foi acolhido pelas Náiades e criado no Monte Ida, na Frígia (atual noroeste da Turquia). As enfermeiras do hermafrodita eram espíritos/ninfas femininas que frequentemente viviam dentro e ao redor de riachos ou outras piscinas de água doce.
Hermafrodita e a ninfa Salmakis
Hermafrodita e Salmakis (detalhe), de Bartholomeus Spranger, ca. 1585, Museu de História da Arte, Viena. Museu de História da Arte, Viena
Entediado de passar a vida trancado nas cavernas do Monte Ida, Hermafrodito decidiu se aventurar fora, rumo a cidades como Caria (atual Bodrum, Turquia) e Lícia.
Nas densas florestas de Caria, enquanto Hermafrodito se banhava na primavera de Salmakidas, ele entrou em contato com uma ninfa chamada Slamakis. Chefe das colinas de Hermafrodita, a ninfa Salmakis achou Hermafrodita um rapaz extremamente bonito. E apesar de seus esforços persistentes para seduzi-lo, ela viu seus avanços constantemente rejeitados por Hermafrodita.
Um dia, enquanto Hermafrodita se banhava em uma piscina vazia, Salmakis pulou na piscina e apalpou o deus à força. Ela então continuou a declarar seu amor por ele, pedindo aos deuses que os unissem para sempre. Em um instante, as duas criaturas se fundiram e se tornaram um ser que possuía genitália masculina e feminina.
O mito continua dizendo que Hermafrodita implorou a seus pais que transformassem qualquer homem que se banhasse nesta piscina em hermafrodita para sempre.
“Atlantiades [Hermafrodito] revidou, privou a Ninfa de sua alegria; ela ficou ainda mais tensa; seu corpo pegajoso parecia firmemente pressionado contra o dele. “Seu idiota, lute comigo o quanto quiser”, ela gritou, “você não vai escapar! Vocês, deuses, decretam que nunca nascerá um dia que nos separe! Os deuses ouviram sua oração; os dois corpos se fundiram em um, os dois se fundiram em uma só forma e rosto. Como quando um jardineiro planta um enxerto e vê o crescimento selar a união, e os dois amadurecerem juntos, assim, quando no rápido abraço seus membros se entrelaçaram, os dois não eram mais dois, nem homem nem mulher - então um só corpo, que nenhum deles parecia ser ambos.” – Hermafrodita e Salmakis: Ovídio, Metamorfoses 4. 28 ss (trad.: Melville) (épico romano de 1º AC a 1º DC)
Mais sobre Hermafrodita
Estatueta do deus grego hermafrodita de Pérgamo, helenística, século III a.C. (Istambul).
Teofrasto, o filósofo grego do século III aC e sucessor de Aristóteles na Escola Peripatética, foi uma das primeiras pessoas a levar o nome de Hermparodito na literatura.
Observou-se que grande parte da ideia e do mito do Hermafrodita deriva das práticas de culto do Oriente, onde os habitantes desses lugares viam a natureza como uma combinação do feminino e do masculino.
Em biologia, um hermafrodita refere-se a um organismo que possui órgãos reprodutivos femininos e masculinos. Além disso, a maioria das plantas são hermafroditas.
Alguns dos mais famosos centros de culto hermafrodita estavam em Chipre. Da mesma forma, havia um templo hermafrodita em Atenas, Grécia, de acordo com o antigo sofista grego Alcifron.
O famoso dramaturgo cômico grego Aritofanes chama a figura barbuda do homem Afrodite de Afrodite.
A imagem em relevo de Hermafrodita, feita pelo pintor e gravador veneziano Antonio Maria Zenetti, é considerada por muitos uma das representações mais populares de Hermafrodita. Outras pinturas e representações populares de Hermafrodita e Slammacis incluem as do gravador francês Jean Deulet e do artista italiano Ludovico Carracci.
"Com essas palavras ela ficou em silêncio. Um rubor rosado coloriu as bochechas do menino; ele não sabia o que era o amor; mas seus rubores estão melhorando; como o desabrochar de maçãs rosadas penduradas ao sol, ou marfim tingido, ou quando a lua brilha vermelha sob sua palidez, e os gongos ecoam em vão para salvar seu eclipse. Então a Ninfa implorou, implorou, implorou pelo menos pelo beijo de uma irmã, e obrigou-se a lançar os braços em volta do pescoço de marfim dele. 'Suficiente!' ele gritou “Terminei! Ou deixarei este lugar... e você.
Ovídio, Metamorfoses 4. 28 ss (trad. Melville) (épico romano do primeiro aC ao primeiro dC)
Bibliografia
Lucian, Diálogos dos Deuses; tradução: Fowler, HW e FG Oxford: The Clarendon Press, 1905.
Ovídio. Metamorfoses, Volume I: Livros 1-8. Tradução: Frank Justus Miller. Revisado por GP Gould. Loeb Classical Library No. 42. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1977, publicado pela primeira vez em 1916.
Clarke, John R. Olhando para fazer amor: Clarke: Construções da sexualidade na arte romana, 100 AC-250 DC. University of California Press, 1998
Grimal, Pierre. O Dicionário de Mitologia Clássica. Wiley-Blackwell, 1996
Kerenyi, Karl. Os deuses dos gregos. Londres: Tâmisa e Hudson, 1951
SEYFERT, Oskar. Dicionário da Antiguidade Clássica. Londres: S. Sonnenschein and Co.; Nova York: Macmillan and Co., 1894
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